sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Paris

Eu sempre tenho a intenção de manter um diário das coisas mais importantes que me acontecem, mas isso nunca se concretiza. Nao sei porque, afinal eu amo escrever e acho super importante manter um registro de coisas boas. Esse é o motivo pelo qual tentei ao máximo escrever tudo sobre a minha ultima ida à Paris.
Paris... Linda, esplêndida, elegante Paris. Resolvi sair um pouco de Genebra pra ter tempo e espaço pra ler, escrever e, acima de tudo, ver arte. Desembarquei na Gare de Lyon me sentindo em casa, no caminho pro hotel me perdi um pouco mas foi bom, deu pra rever um pouco a cidade. Check-in feito e a frustração de ter esquecido as pilhas da maquina superada, fui fazer a coisa mais legal do mundo: pegar o metro. Sim, eu adoro o metro.
Do hotel fui direto pro Musée d'Orsay, um dos mais importantes do mundo em matéria de Impressionismo. O mais interessante do museu é que ele esta situado numa antiga estação de trem, entao toda a arquitetura foi conservada, o prédio por si so ja é lindo e prende a atenção de qualquer um. Aluguei um audio guia e passei quatro horas entre Van Gogh, Monnet, Rousseau e outros mestres. As pinturas sao fascinantes, de um estilo que mudou a historia da arte, as esculturas sao de tirar o fôlego e as varias representações da "Divina Comédia" de Dante me deram calafrios. Quando terminei minha visita fui na livraria do museu e comprei um "guia do visitante" com detalhes sobre as obras e o estilo, maravilhoso.
De la caminhei toda a Champs Elysée, do Louvre ao Arco do Triunfo, cheguei à tempo da cerimonia do "soldado desconhecido", sentei nos pés do Arco e fiquei lendo. Nada melhor no mundo. De la meu plano era ir pra Notre Dame, percorrer o Boulevard Saint Michel até o Quartier Latin e dar um volta nos Jardins de Luxembourg. Meu plano, se eu nao tivesse me perdido. Na verdade desci na parada errada do metro e tive que dar uma caminhada gigante. Tanto caminhei que dei de cara com o George Pompidou. Comi um crêpe sentada na entrada e vi que tinha um pessoal entrando no museu, decidi ver os horarios de visita e vi que eu ainda podia ficar uma hora la dentro. OK, por que nao? Eu estava um pouco apreensiva, da ultima vez tinha odiado o centro, nao entendia arte moderna e achava que aquilo era uma desculpa de artista sem alma. Novamente munida de um audio guia entrei no prédio mais diferente de Paris. E qual nao foi minha surpresa quando, ao escutar o chamado de evacuação, me senti muito braba. Comecei a apreciar arte moderna de uma maneira completamente diferente e me senti feliz ao constatar que precisava voltar ao George Pompidou antes da minha volta à Genebra. E voltei, domingo passei a tarde la, e por isso as minhas constatações e sentimentos virão no post sobre meu ultimo dia.
Saindo de la caminhei até a Notre Dame e, novamente, fiquei abalada. Ela é imponente, coloca respeito, é linda, cheia de detalhes e paixão. Fiquei um tempo sentada, admirando os detalhes e a catedral em si, que é linda.
De volta ao hotel fiquei pensando, como eu mudei nos últimos 9 meses. Estou gostando de coisas que antes nao gostava, estou mais madura e calma, legal ver isso. Que evolui bastante. Mas Paris nao, a cidade continua linda e apaixonada, do jeito que eu gosto, viva! Esplendidamente viva.

Vou dividir o post em 3, numero de dias que fiquei la. O próximo vem em alguns dia. Sao muitas percepções e coisas pra expressar que, em um post, ficaria impossível.

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